FINANCIAMENTO COM A CONSTRUTORA OU COM O BANCO: QUAL É MELHOR?







Quando se deseja comprar um imóvel, uma das maiores preocupações é como conseguir o dinheiro para realizar esse sonho, não é mesmo? Considerando o fato de que nem todo mundo tem o dinheiro em mãos para pagá-lo à vista, é comum recorrer ao mercado para captar esse recurso, sendo o financiamento imobiliário uma das opções favoritas dos brasileiros.

No mercado, existem várias empresas que oferecem esse tipo de serviço, cada uma com as suas vantagens e as suas desvantagens. Uma boa alternativa, que vem sendo cada vez mais adotada pelos brasileiros em razão de seus benefícios, é a contratação de um financiamento diretamente com a construtora


Entretanto, muitas pessoas têm o receio de contrair uma dívida de grande valor, que só conseguirá pagar depois de alguns anos. Por isso, cabe ao comprador analisar com cuidado as condições de financiamento disponsíveis no mercado e decidir qual delas se encaixa melhor em sua situação atual.




Como funciona o financiamento com a construtora?



Uma das vantagens de contratar um financiamento imobiliário diretamente com a construtora é a possibilidade de fazer a compra do imóvel na planta ou pronto, devido ao fato de que a maioria dos bancos só financiam a aquisição após o término da obra.

Nesse caso, a construtora não cobra juros sobre o valor financiado durante a aquisição do  empreendimento. Entretanto, o contrato sofre uma correção mensal utilizando o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), que é cobrado a partir do momento da assinatura.

Em comparação com os bancos, as construtoras oferecem um prazo menor que o bancário — geralmente de 60 meses  para a quitação da dívida,  com entrada facilitada e o saldo com a portes mensais e reforços anuais, sendo que, em algumas situações, é possível pagar o financiamento em 80 parcelas.


Uma das principais vantagens de fazer um financiamento com a construtora é a possibilidade de encontrar condições melhores de pagamento, pois as incorporadoras são mais flexíveis que os bancos.

Para se ter uma noção do quanto a flexibilidade faz a diferença, no caso de imóveis adquiridos na planta, é possível negociá-los com relativa facilidade. Tenha em vista que a desistência da compra é algo que deve estar em seu horizonte, pois o período de duração do financiamento poderá ser de alguns  anos.

Nessas situações, não é nada interessante perder o valor investido, não é mesmo? Com as incorporadoras, embora haja perdas, boa parte do valor pago poderá ser reembolsado. Caso o distrato (extinção das obrigações estabelecidas em contrato) seja de responsabilidade do comprador, até 75% do valor será devolvido.



E como é o financiamento com o banco?



Ao fazer um financiamento imobiliário junto a um banco, dependendo da instituição financeira, também é cobrada uma taxa de juros anual de aproximadamente 10% ao ano, mas a correção da dívida, conforme o sistema de amortização escolhido, é feita utilizando a Taxa Referencial (TR).

Os bancos dão um prazo de pagamento mais prolongado do que as construtoras, que pode ser de até 35 anos. Porém, pelo fato de haver um prazo maior para a quitação da dívida, o que será pago em juros é suficiente para adquirir 2 imóveis igual ao adquirido.

A principal vantagem de contratar um financiamento junto de uma instituição financeira é a possibilidade de usar o FGTS para dar a entrada no imóvel. Além de ser permitido o seu uso para quitar total ou parcialmente o restante da dívida. Entretanto, a burocracia imposta pelos bancos para a aprovação de um financiamento imobiliário é muito maior que a exigida pelas construtoras.


O que considerar na hora de escolher o financiamento?

Na hora de escolher o tipo de financiamento imobiliário, siga essas nossas dicas.

Leve em conta o valor do imóvel



Atualmente, tanto os bancos como as construtoras atuam pelo sistema de cobrança de juros, mas as taxas podem variar de acordo com o valor do imóvel. Em outras palavras, há imóveis para os quais é mais interessante realizar o financiamento pelo banco. Para outros, a melhor opção é financiar diretamente pela construtora. O critério aqui é o valor a ser negociado.

Priorize a flexibilidade



Mas em um financiamento, não é apenas a taxa de juros que deve ser levada em consideração. Afinal, a flexibilidade na negociação pode trazer mais benefícios que a taxa de juros. Nesse aspecto, o financiamento com a construtora sai na frente por ser menos engessado e apresentar mais possibilidade de conversa e ajustes.

Tenha em vista que os bancos, em geral, são organizações de maior porte se comparado as construtoras, de modo que as tomadas de decisões passam por um maior número de dirigentes, tornando a flexibilização de regras mais difícil.

Quer um exemplo de como a flexibilidade é importante? Caso o comprador atrase uma ou mais parcelas, ele pode ir até a construtora e encontrar uma forma de quitação de sua dívida que seja adequada a seu perfil financeiro naquele momento. Com o banco, essa aproximação é mais difícil, sendo até mesmo impossível em alguns casos. Justamente por esse motivo, até mesmo compradores de imóveis com valor abaixo de R$ 150 mil, muitas vezes, preferem o financiamento com a construtora.


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